Após pouco mais de um mês de se tornar inelegível por decisão judicial, o deputado Hemetério Weba (PP) já tem prazo de “validade” na Assembleia Legislativa. A mesa diretora da Casa deve se reunir na tarde desta quarta-feira, 4, para deliberar sobre o parecer do corregedor, Glauberth Cutrim (PDT), sobre a cassação dos direitos políticos de Weba e sua retirada do parlamento.
Hemetério foi condenado por improbidade administrativa por publicidade irregular quando comandava a prefeitura de Nova Olinda do Maranhão. O processo tem quase duas décadas e há cerca de dois meses teve a sentença executada.
Apesar da confirmação da perda dos direitos políticos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no fim de abril, a Assembleia Legislativa estabeleceu um rito que se arrasta por quase 40 dias. Mas agora avançou. De fato, por muita pressão da deputada Fabiana Vilar (PL), adversária política de Weba nos “municípios da Br”.
Ela entrou com requerimento pedindo a retirada de Hemetério do parlamento para a chegada de Helena Duailibe.
Como a mesa diretora foi provocada, o rito para análise do caso de Weba avançou. Ele demorou a se manifestar porque não era encontrado. A necessidade de sua defesa foi comunicada no diário da Assembleia Legislativa e, no último dia do prazo, Hemetério enviou defesa.
Parecer foi emitido e a presidente da Casa, Iracema Vale (PSB), convocou os membros da mesa diretora para deliberar e assim comunicar a Weba que ele não pode continuar no mandato. A decisão deverá ser publicada na sexta-feira, 6.
Após publicada, a suplente Helena Duailibe deverá assumir o mandato.
A base governista até ensaiou o salvamento de Hemetério, mas os aliados do Palácio dos Leões avisaram que o desgaste com o Judiciário e, principalmente, com a população não valeria a pena. Assim, Weba vai cumprir a sentença judicial.