
São Luís, a capital maranhense, figura entre as 20 piores cidades do Brasil em termos de saneamento básico, conforme o Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil. A cidade ocupa a 91ª posição geral, com índices alarmantes: apenas 15,89% do esgoto gerado é tratado, e 55,73% da população tem acesso à coleta de esgoto. Além disso, 74,69% dos habitantes recebem água tratada, valores que ficam bem abaixo da média nacional para capitais.
Entre 2023 e 2024, São Luís apresentou uma queda significativa em quase todos os indicadores avaliados, evidenciando um cenário preocupante para a capital. A cidade possui um investimento médio por habitante de R$ 45,83, cerca de 68% abaixo do patamar nacional médio necessário para a universalização dos serviços.
No contexto regional, São Luís está à frente apenas de Maceió (AL) no ranking das capitais do Norte e Nordeste com os piores índices de saneamento básico. A situação é ainda mais crítica quando comparada com outras capitais nordestinas.
A falta de acesso a serviços adequados de saneamento básico tem sérias implicações para a saúde pública e a qualidade de vida da população. A ausência de tratamento de esgoto contribui para a proliferação de doenças de veiculação hídrica, além de impactar negativamente o meio ambiente e a economia local.
São Luís não pode mais esperar. A situação exige medidas imediatas por parte da autoridade municipal. É essencial ampliar investimentos e parcerias para melhorar a cobertura e tratamento de água e esgoto para garantir saúde, dignidade e qualidade de vida à população.