A Câmara Municipal de São Luís atravessa um dos períodos mais críticos de sua história recente. Sob a presidência do vereador Paulo Victor, a Casa ganhou projeção nacional — não por avanços institucionais, mas por sucessivas denúncias de irregularidades que afetam servidores, prestadores de serviço e a própria imagem do Legislativo municipal.
Durante toda a atual gestão, nenhum reajuste salarial foi concedido aos servidores da Câmara. A situação é ainda mais grave quando se trata das contribuições previdenciárias. Embora o valor do INSS seja descontado regularmente da folha de pagamento, ele não estaria sendo repassado ao Instituto, prática que configura apropriação indevida e coloca em risco o futuro previdenciário dos funcionários.
Na prática, o servidor paga, mas o órgão não recebe — acumulando dívidas e insegurança para quem depende da regularidade previdenciária para garantir aposentadoria e benefícios.
A crise atinge também o setor de comunicação da Câmara. Profissionais responsáveis pela divulgação institucional relatam meses de atraso nos pagamentos, contratos ignorados e falta de compromisso da administração. Segundo relatos, a gestão se transformou em um ciclo de desorganização e desrespeito, prejudicando trabalhadores e comprometendo serviços essenciais.
A administração de Paulo Victor é responsável pelo gerenciamento de, no mínimo, R$ 15 milhões mensais, mas, segundo servidores, a aplicação desses recursos carece de transparência e responsabilidade.
Mesmo com orçamento robusto, a precariedade da estrutura básica da Casa chama atenção. Servidores denunciam a falta até mesmo de itens essenciais, como papel higiênico nos banheiros e água nos bebedouros.
Enquanto isso, cada uma das três sessões semanais custa em média R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Apesar dos altos valores, os problemas estruturais e administrativos são recorrentes.
A sucessão de escândalos transformou a Câmara de São Luís em destaque negativo no cenário nacional, citada não por suas proposições legislativas, mas por denúncias que abalam a credibilidade do parlamento municipal.
Com o acúmulo de crises, cresce também a indignação entre servidores e população. A esperança é de que o término do mandato de Paulo Victor marque um novo ciclo para o Legislativo de São Luís.
A disputa pela presidência para o próximo biênio concentra atualmente expectativas no vereador Marquinhos, apontado por aliados como nome capaz de conduzir uma gestão mais responsável, transparente e comprometida com os servidores e com a cidade.
