Acontecendo agora: o cometa 3I/ATLAS, que surpreendeu a comunidade científica desde sua descoberta, acelera a impressionantes 210 mil quilômetros por hora enquanto cruza o interior da órbita de Marte. A trajetória inédita deste corpo celeste tem chamado atenção de astrônomos do mundo inteiro, tornando-se um dos maiores treinamentos globais para o monitoramento e medição de objetos interestelares já realizados.
Segundo observatórios internacionais, o 3I/ATLAS — apenas o terceiro objeto interestelar já detectado passando pelo Sistema Solar — está oferecendo uma oportunidade única de estudo. Diferente de cometas comuns, ele não pertence ao nosso sistema e segue uma rota hiperbólica, o que significa que, após sua passagem, nunca mais retornará.
Laboratórios e universidades em diferentes países estão utilizando o fenômeno para testar novas tecnologias de rastreamento e refinar técnicas de cálculo orbital. A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA coordenam parte das observações, com telescópios apontados para o objeto desde o Hemisfério Sul, onde a visibilidade é mais favorável neste momento.
De acordo com os especialistas, o cometa apresenta uma cauda intensa e instável, o que indica forte atividade de sublimação à medida que se aproxima do Sol. As análises iniciais apontam que o 3I/ATLAS é composto por materiais primordiais, semelhantes aos de outros visitantes interestelares como ‘Oumuamua e Borisov, descobertos em 2017 e 2019.
Para a comunidade científica, este é um evento histórico. Além de permitir compreender melhor a dinâmica de objetos que vêm de fora do Sistema Solar, o fenômeno está servindo de treinamento global para o rastreamento de ameaças cósmicas e futuras missões de interceptação.
