Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que autorizou a abertura imediata de um processo administrativo para expulsar um auditor da Controladoria-Geral da União (CGU) que foi filmado agredindo uma mulher e uma criança, em um caso que provocou forte repercussão em redes sociais e na imprensa. 
Em nota oficial divulgada pelo órgão, o governo classificou as cenas como “gravíssimas e inaceitáveis” e ressaltou que violência contra a mulher e contra crianças é crime e não pode ser tolerada por nenhuma instituição pública. Lula reforçou a necessidade de punição rigorosa diante das imagens que circulam mostrando o servidor em atos de violência. 
A CGU confirmou que o auditor federal David Cosac Júnior, de 49 anos, foi identificado como o autor das agressões registradas em vídeo em um prédio residencial na região de Águas Claras, no Distrito Federal, onde ele aparece agredindo a mulher e a criança de cerca de 4 anos. 
Segundo a Controladoria, foram adotadas medidas administrativas imediatas, incluindo a abertura de investigação preliminar de responsabilidade para apurar possíveis infrações disciplinares e éticas que podem resultar na expulsão do servidor. Também foi revogada sua designação como substituto eventual de chefia e o homem está proibido de entrar nas dependências da CGU enquanto a apuração estiver em andamento. 
O dirigente da CGU ressaltou, na nota, o compromisso do órgão com os direitos humanos, com a ética no serviço público e com o enfrentamento à violência contra mulheres, considerado uma prioridade do governo federal. 
No âmbito criminal, o caso segue sendo investigado pelas autoridades competentes, embora até o momento não tenha sido confirmada a prisão do auditor. A denúncia inicial foi registrada pela Polícia Civil a partir de relato de moradores e acompanhamento de agentes no local. 
A repercussão do caso levou a discussões sobre a conduta de servidores públicos e o controle interno das instituições, além de debates sobre a resposta do governo diante de situações que envolvem violência doméstica e proteção de vulneráveis.
