Flávio Bolsonaro encurta distância e já ameaça Lula em cenário de primeiro turno, aponta Paraná Pesquisas
Roney Costa 
Uma pesquisa nacional realizada pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 22 de dezembro revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida presidencial de 2026 em todos os cenários de primeiro turno avaliados. Porém, o levantamento também aponta um movimento significativo de aproximação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que aparece como o nome mais competitivo da oposição no momento e diminui a distância para o atual chefe do Executivo.
Segundo os dados, Lula mantém a dianteira nas intenções de voto, mas sua vantagem para Flávio Bolsonaro apresentou queda em relação a levantamentos anteriores, indicando um cenário mais acirrado caso o embate entre os dois se confirme no próximo pleito. O senador, filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desponta como o principal adversário do petista dentro da direita, impulsionado tanto por sua exposição política quanto pela transferência de capital eleitoral do bolsonarismo.
No último dia de Natal, Jair Bolsonaro divulgou uma carta pública reafirmando que Flávio será o seu candidato na disputa presidencial de 2026. O posicionamento encerra especulações sobre uma possível tentativa de volta do ex-presidente ao Palácio do Planalto e coloca oficialmente o senador fluminense como herdeiro político do projeto que governou o país entre 2019 e 2022.
Apesar de Lula seguir numericamente à frente, analistas avaliam que a redução da vantagem e o cenário de polarização mantido nos últimos anos tendem a marcar novamente a disputa. A pesquisa reforça que o embate entre o atual presidente e Flávio Bolsonaro pode dominar a corrida eleitoral, caso mantidas as tendências apresentadas até o momento.
O Paraná Pesquisas ouviu eleitores de todas as regiões do país. O instituto não divulgou, neste levantamento, números detalhados por estado ou recorte de gênero e faixa etária, mas indicou que a disputa promete ser uma das mais competitivas desde a redemocratização.
