
Uma distribuidora de combustíveis investigada por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) mantém contratos ativos com a Presidência da República e diferentes ministérios. As apurações, que fazem parte de investigações federais, levantam questionamentos sobre a atuação da empresa no fornecimento de combustível a órgãos estratégicos do governo federal.
De acordo com documentos oficiais, a distribuidora venceu licitações recentes e fornece combustível para veículos de órgãos da administração direta. Entre os contratos identificados estão acordos firmados com a Presidência da República, além de ministérios ligados a áreas-chave da gestão federal.
A empresa passou a ser alvo de maior escrutínio após relatórios de inteligência indicarem indícios de conexão com atividades financeiras do PCC. Segundo as investigações, a organização criminosa estaria utilizando empresas de fachada e contratos públicos como forma de lavar dinheiro e ampliar sua influência econômica.
As descobertas colocam em xeque os mecanismos de fiscalização sobre fornecedores do governo, uma vez que contratos com a União exigem certidões negativas e critérios de habilitação que deveriam impedir a participação de empresas ligadas a atividades criminosas.
Até o momento, o Palácio do Planalto e os ministérios envolvidos não se pronunciaram oficialmente sobre a manutenção dos contratos com a distribuidora investigada. O caso segue em análise pelos órgãos de controle, podendo resultar em suspensão contratual e responsabilizações administrativas e judiciais.