
A gestão do prefeito André da Ralpnet, por meio do secretário municipal de Saúde, José Eduardo, está no centro de uma polêmica após a divulgação de um contrato que aponta a compra de tablets com indícios de preços superfaturados. Segundo documentos oficiais, a Prefeitura de Pinheiro desembolsou quase R$ 400 mil na aquisição dos equipamentos, com valores muito acima do praticado no mercado.
A Secretaria de Saúde assinou um contrato para a compra de 230 tablets a R$ 1.500,00 cada, num total de R$ 345 mil. O valor chamou atenção porque, em consultas rápidas a sites de grandes varejistas, é possível encontrar modelos semelhantes por menos da metade do preço pago pela gestão municipal.
O investimento, que deveria fortalecer a educação municipal e facilitar o acesso dos alunos a recursos digitais, acabou gerando polêmica. Moradores e lideranças locais apontam que o gasto poderia ter sido melhor planejado, garantindo mais equipamentos ou destinando parte do recurso para outras áreas carentes da cidade.
Diante da repercussão, vereadores da oposição já articulam pedidos de esclarecimento e prometem cobrar transparência na execução do contrato. A suspeita de superfaturamento pode, inclusive, resultar em investigação pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público.