SÃO LUIS – O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, confirmou, em entrevista ao programa Comando da Manhã, na Rádio Timbira, nesta segunda-feira (28), que o sistema de transporte coletivo voltará a ser paralisado na próxima quinta-feira (03/03).
Segundo ele, a decisão foi tomada após o fracasso nas audiências realizadas, na semana passada, no Ministério Público do Trabalho (MPT/MA), onde os empresários alegaram que continuam sem condições de conceder qualquer aumento de salário à categoria.
Com o aumento de passagens em 20 centavos, a Prefeiturar de São Luís disse que irá reduzir o repasse para os empresários de R$ 4 milhões para R$ 1,5 milhão por mês, a título de auxílio emergencial.
Os empresários, mesmo com o aumento de passagens, querem que a Prefeitura mantenha o repasse mensal de R$ 4 milhões.
No total, em duas greves dos rodoviários, os empresários garantiram repasse de quase R$ 30 milhões dos cofres públicos, sendo que nenhum aumento foi concedido aos rodoviários.
“Nós queremos que eles nos paguem os atrasados e que respeitem a nossa data base. Nós vamos parar na próxima quinta-feira. Espero que não tenha determinação para que eu seja preso. A categoria não aguenta mais essa situação de salários e benefícios atrasados”, disse o presidente do Sindicato. Ele acrescenta que haverá uma reunião na quarta-feira (02) para definir as ações de paralisação de todo o sistema.
Na verdade, os rodoviários continuam em estado de greve, com 60% da frota em circulação. Como não houve acordo, a categoria pretende retomar a greve com 100% de paralisação.
Os rodoviários esperam, ainda, que o prefeito Eduardo Braide sancione a lei, aprovada na Câmara Municipal, que proíbe o acúmulo de função no sistema. Com a demissão de quase metade dos cobradores, motoristas passaram a exercer dupla função e recebendo, por isso, uma gratificação irrisória. Com a sanção da lei, empresários terão que voltar a contratar cobradores.
Uma das propostas feitas pelos empresários, como condição para conceder algum aumento à categoria, era demitir o restante dos cobradores.
A proposta foi imediatamente rejeitada.
Como aconteceu em greves anteriores, á possível que a Justiça do Trabalho volte a determinar que 80% da frota permaneça em circulação e estipule uma multa diária, em caso de descumprimento. A Justiça não poderá mais decretar prisão de sindicalistas, pois essa medida ditatorial foi proibida pelo STF.
Fonte: Gilberto Lima
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