O governador do Maranhão, Flávio Dino, manifestou rios de alegria ao receber a notícia de que foram anulados todos os processos da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dino acompanhou as notícias de que quase meio milhão de mensagens, em apenas uma hora, foram registradas na internet comemorando a elegibilidade do ex-presidente.
Em tom de esperança, internautas de todas as regiões do Brasil se manifestaram comorativamente após ações contra Lula serem anuladas pelo ministro Edson Fachin, do STF, na segunda-feira, 8 de março.
“As redes sociais foram inundadas com milhares de mensagens de alegria, esperança e crença em um futuro melhor”, comemora o site do PT.
De acordo com levantamento feito pela consultoria Arquimedes, a pedido da rede CNN Brasil, somente na primeira hora após ser anunciada a decisão do ministro Fachin, foram identificadas 450 mil menções a Lula. Na hora seguinte, foram mais 350 mil.
Segundo a CNN Brasil, o número representa repercussão recorde. “Trata-se de uma repercussão tão grande quanto, por exemplo, a saída do ex-ministro Sergio Moro do governo Jair Bolsonaro, em 24 de abril de 2020”, destaca a rede em seu site.
O site petista, por sua vez, vem acompanhando a repercussão com afinco. Na avaliação dos seus redatores, os dados sobre as manifestações a Lula confirmam o que o monitoramento das redes sociais feito pelo PT identificou.
“As análises feitas pelo partido também constataram uma explosão de reações majoritariamente positivas e de números imensos”, escreve o site.
Na análise do próprio site, “o que mais chamou a atenção foi que as mensagens sobre o futuro superaram, em muito, as referências ao passado. Outros sentimentos captados foram os de alegria, esperança e sensação de libertação compartilhada”, conclui.
Diante de tudo isso, o governador Flávio Dino parece perceber o esforço de criar uma narrativa que normaliza uma disputa entre Bolsonaro e Lula. Já há um discurso político construído em torno disso e certamente esse será, também, o discurso midiático a ser explorado até os “finalmentes” das próximas eleições presidenciais no Brasil.
Numa possível cana-de-braço entre “bolsonarismo” e “lulismo” (e certamente pouco se falará em “petismo”), Lula leva vantagem por saber lidar melhor com o tema democracia. Bolsonaro não é um candidato de ideias simpáticas dentro do sistema democrático. Há quem diga que o capitão, com o seu jeito militar meio tosco, é um demolidor da ordem democrática. Mas ele também tem seus carismas.
No geral, o povo aguarda que a covardia institucional, que permitiu que a democracia fosse tratada como tema de política partidária, seja varrida do sistema político do país. E que não seja mais governo contra o povo, mas, sim, um governo de coesão social em que governantes e sociedade estejam juntos, unidos, pelo desenvolvimento da nação.
Numa lógica mais racional, o país precisa de uma governabilidade que não sejam mais eles contra nós (sendo eles os corruptos e nós a sociedade vítima e indefesa). Que não seja mais um governo de rivalidades entre ladrões de mandatos com poder político (corroendo, como ratos famintos, as riquezas do país) e a população.
Que a alegria do governador Flávio Dino, pela inocência e elegibilidade de Lula da Silva, seja a mesma de um país inteiro sem corrupção.