
Nesta segunda-feira (15), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que houve planejamento de golpe após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro em 2022. A afirmação repercutiu imediatamente no meio político e chamou atenção pelo peso de quem a fez: o líder da maior bancada do Congresso Nacional e aliado do ex-presidente.
A declaração de Valdemar ocorre em meio à condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao reconhecer que houve planejamento de golpe, o dirigente reforça a relevância política do caso e evidencia a pressão sobre o ex-presidente.
Durante a mesma declaração, o dirigente também criticou o enquadramento feito pelo STF em relação aos atos de 8 de janeiro de 2023. “O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de janeiro e o Supremo enquadrou como golpe, mas aquilo foi um movimento de vândalos, não um movimento político do Bolsonaro”, afirmou Valdemar.
A posição do presidente do PL gerou interpretações distintas. De um lado, especialistas apontam que sua admissão fortalece a linha de investigação sobre uma tentativa de golpe. De outro, a crítica ao Supremo sinaliza uma tentativa de separar a imagem de Bolsonaro dos atos de vandalismo que marcaram a invasão às sedes dos Três Poderes.
Com essa combinação de declarações, Valdemar Costa Neto envia um recado duplo: ao mesmo tempo em que reconhece articulações golpistas, busca resguardar o partido e diferenciar a responsabilidade do ex-presidente em relação aos atos do 8 de janeiro.