Roney Costa 
Nos últimos meses, um fenômeno curioso vem chamando atenção nas redes sociais e nas ruas: o uso de chupetas por adolescentes e jovens adultos como uma forma de aliviar o estresse e a ansiedade. O objeto, tradicionalmente associado a bebês, agora aparece como acessório “antiestresse” e elemento de moda em diversos grupos, especialmente em ambientes urbanos e festas.
A tendência, que já foi observada em países como Estados Unidos e Reino Unido, começa a ganhar força no Brasil impulsionada por influenciadores digitais e conteúdos virais no TikTok e Instagram. Para muitos adeptos, a chupeta funciona como uma espécie de “fidget toy” — brinquedos criados para canalizar tensão e inquietação — ajudando a reduzir hábitos como roer unhas ou morder lápis.
Especialistas em comportamento alertam, no entanto, que o uso prolongado pode trazer riscos à saúde bucal, como problemas na arcada dentária e no alinhamento dos dentes. “O hábito pode parecer inofensivo, mas não é recomendado por dentistas, especialmente se utilizado de forma frequente e por longos períodos”, explica a ortodontista Carla Menezes.
Apesar das advertências, o acessório segue ganhando popularidade entre jovens que buscam formas alternativas de lidar com a pressão do dia a dia. Em algumas festas, como raves e eventos de música eletrônica, a chupeta é usada também como elemento estético, complementando visuais coloridos e extravagantes.
O fenômeno reflete uma tendência maior: a busca por objetos simples e nostálgicos como ferramentas de conforto emocional. Seja pela estética ou pela função de alívio, a “chupeta de adulto” já ocupa seu espaço no curioso universo das modas contemporâneas.
