Brasília – O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de prisão preventiva do senador Weverton Rocha (PDT-MA) no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um amplo esquema de fraudes e descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão foi tomada após manifestação contrária da Procuradoria-Geral da República (PGR), que avaliou não haver, neste momento, elementos suficientes para justificar a prisão do parlamentar. Apesar disso, Mendonça autorizou medidas de busca e apreensão, que foram cumpridas pela Polícia Federal (PF) em endereços ligados ao senador em Brasília e no Maranhão.
A operação, conduzida pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), apura um esquema que teria causado prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos, por meio de descontos associativos não autorizados aplicados a aposentados e pensionistas do INSS em todo o país.
De acordo com os investigadores, as apurações buscam esclarecer possíveis vínculos do senador com operadores e entidades envolvidas nas fraudes, a partir de análises de documentos, movimentações financeiras e relações empresariais. Até o momento, não há denúncia formal apresentada contra Weverton Rocha.
Em nota, o senador afirmou que recebeu a operação com surpresa, negou qualquer envolvimento em irregularidades e declarou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos, ressaltando confiança no trabalho da Justiça.
A Operação Sem Desconto segue em andamento e pode ter novos desdobramentos nos próximos dias, com o aprofundamento das investigações e eventual responsabilização dos envolvidos, caso as irregularidades sejam confirmadas.
