O Padre Fábio de Melo, uma das figuras mais populares da Igreja Católica no Brasil, revelou mais uma vez sua batalha contra a depressão. Aos 53 anos, o religioso abriu seu coração e relatou estar enfrentando uma nova crise da doença, algo que já aconteceu outras vezes ao longo de sua trajetória. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais no dia 26 de janeiro de 2025, ele descreveu sua luta emocional profunda, utilizando a expressão: “Foi à beira do abismo que eu sempre andei”. As palavras impactaram milhões de seguidores e geraram um amplo debate sobre saúde mental, fé e os desafios enfrentados por figuras públicas, mesmo aquelas que inspiram tantas pessoas.
No dia 19 de janeiro de 2025, durante uma apresentação na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, o padre emocionou o público ao falar abertamente sobre seu sofrimento. Ele destacou que, nas últimas semanas, tem sido dominado por pensamentos negativos e que o desejo de morrer já foi um sentimento recorrente em sua vida. A declaração gerou um forte impacto, principalmente pelo fato de o religioso ser um símbolo de motivação para muitos fiéis.
A relação de Padre Fábio de Melo com a depressão não é recente. Em seu livro “A vida é cruel, Ana Maria”, publicado em 2023, ele já havia revelado conviver com o transtorno há anos. Na obra, ele relata o peso da perda de sua mãe, Ana Maria, que faleceu em 2021 devido a complicações da Covid-19. O impacto desse momento foi tão intenso que ele chegou a escrever: “Depois que morre a minha mãe, morre também a minha obrigação de ser feliz”. Essas palavras mostram como a dor emocional pode ser um processo profundo e duradouro, mesmo para alguém que prega a fé e a resiliência.
Padre Fábio de Melo sempre se destacou por sua sensibilidade. Sua maneira de se expressar, seja em palestras, livros ou nas redes sociais, é marcada por forte carga emocional. No entanto, o próprio padre reconhece que essa característica também tem um lado negativo. “Já me acusaram de ser muito emocionado. Falaram como se fosse um defeito, mas sei que não é. Quem conduz a minha alma pela mão são elas: as emoções”, declarou.