Por João Melo e Sousa Bentivi
Há poucos dias, a notícia mais retumbante, no Brasil, foi a suposta relação desonesta, entre o MEC e os pastores evangélicos. Foi uma festa de uma imprensa nefasta, partidos de esquerda, com as bênçãos do próprio satanás. Explicarei.
Poucas pessoas conviveram com tantos pastores, quanto eu, em mais de 60 anos de vida cristã e posso afirmar que o fato de ser pastor não transforma ninguém em anjo. Os pastores são homens e, como tal, devem ser tratados e compreendidos. A característica maior de um pastor é que ele maneja a palavra de Deus e por mais que ele tenha falhas, a palavra de Deus não tem falhas. Deus vela por sua palavra.
A notícia foi bombástica: os pastores estavam cobrando propina em barras de ouro! Várias análises.
Em sendo verdade, seriam corruptos bobos e inexperientes. A corrupção profissional recebe em paraísos fiscais ou em dinheiro vivo, basta lembrar de um ladrão esquerdistas, chamado Gedel, com mais de 50 milhões, ao vivo, em notas.
Os pastores exerciam algum cargo na administração federal? Não. Há alguma prova, além de uns poucos depoimentos, do recebimento de algum favor? Não. Há alguma imagem, em vídeo ou foto, que comprove a denúncia? Não. Há alguma gravação de voz comprovante do crime? Não.
Até esse momento, tudo está no campo do disse-me-disse e a prova do fato criminoso, basilar do direito penal, necas de catibiriba. Não sou advogado de defesa de ninguém, mas esse caso tem semelhanças absoluta com a acusação da corrupção, na compra de vacinas, em um escárnio parlamentar, denominado de CPI da pandemia, no qual chegamos na corrupção impossível: corrupção sem a contrapartida do dinheiro, aliás, sem nenhum dinheiro.
Dos dois pastores acusados conheço somente um: o pastor Gilmar Santos. Sou amigo dele e de toda a sua família e sou testemunha ocular daquilo que Deus fez em sua vida e da obra portentosa e vitoriosa que esse mesmo Deus colocou em suas mãos.
Um homem com as qualidades do pastor Gilmar Santos deveria, em um ambiente de mínima correção ética, merecer, de início, o benefício da dúvida, mas não foi assim: colocado foi na cova dos leões. A razão da agressão, na Babilônia, com o profeta Daniel, se repete, nesse caso, no MEC. A diferença está no número e na qualidade dos leões: os leões contra Daniel eram somente leões, porém os leões contra Gilmar são outros e de diferentes raças, mas todos com o mesmo pai. Satanás.
A imprensa tradicional, anticristã e esquerdista, entrou em crise de euforia. Os partidos de esquerda em orgasmos ideológicos, tentaram uma CPI e os blogs da militância esquerdopata completaram o coral do escárnio. Tudo isso é compreensível, afinal, satanás pode até se fantasiar de anjo de luz, mas continuará sendo o rei das trevas.
Entretanto um fato me incomodou bastante: o comportamento de alguns líderes evangélicos no episódio. Não vi nenhum padre que tivesse criticado o pastor Gilmar, mas muitos pastores, levados por sentimentos, muitas vezes escusos, aproveitaram, sem pena e sem dó.
Um velho ministro, amigo meu, dizia: os maiores inimigos de um pastor são satanás ou um outro pastor. Davi sabia disso e em 1 Crônicas 21:13, afirmou: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque mui grande são as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens. Davi era sábio.
Poderia mostrar várias declarações infelizes, mas uma me chamou a atenção. O presidente de uma das maiores convenções do Brasil soltou uma nota oficial cretina, que não mostrava a fraqueza de um Pilatos, mas evidenciava a maldade de um Herodes. Sem ninguém lhe pedir ou lhe perguntar, informou em documento oficial: o pastor Gilmar Santos não faz parte da nossa convenção!!!
Mesmo que Gilmar fosse culpado, Jesus aprovaria esse comportamento indigno desse pastor? Essa nota significa assim: esse pastor Gilmar não vale nada, não é da nossa convenção, nossa convenção só tem pastores santos e corretos e não temos nada com isso. Esse ministro é, nada mais, nada menos, que um fariseu cruel e cretino.
Finalmente, um detalhe: essa acusação está sendo investigada, desde o ano passado, pelo próprio governo Bolsonaro. Não tenho bola de cristal, até porque crente não crê nesse tipo de argumento, mas continuarei acreditando na seriedade e justeza do meu amigo e meu pastor Gilmar Santos.
Alguém perguntaria: e se for provada a sua culpa? Respondo: continuarei amando o pastor Gilmar e orando para Deus manter o seu ministério. A igreja só é igreja, só é a noiva de Jesus, porque ela é maior que as nossas falhas. Simples e bíblico.
Estamos com você, querido pastor Gilmar Santos.
O autor é médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor e doutor em Administração pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.
OBS:
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