A política da Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) está causando graves transtornos na vida de milhares de usuários dos transportes regular e alternativo que utiliza o serviço do ferry boat como meio de acesso aos municípios da baixada maranhense. Hoje mesmo, 19 de maio, vans e passageiros estão impedidos de atravessar.
Tudo começou com a reforma do Anel Viário em São Luís, quando o terminal das vans foi removido de onde estava para o outro lado da avenida. Segundo Genivaldo Rodrigues Souza, diretor financeiro da COOPETRAMA (Cooperativa de Transportes Regular e Alternativo do Maranhão), os donos dos transportes não têm apoio do estado ou município para poderem prestar um serviço digno aos passageiros. “Queremos um terminal decente para trabalhar. Porque fomos jogados para cá sem apoio do estado, nem município. No entanto, somos regulamentados pela MOB e pagamos todos os impostos que nos são exigidos”, diz Genivaldo.
Ele explica que o único órgão que está ajudando as cooperativas de transportes é a SPU/MA (Superintendência do Património da União), na pessoa do seu superintendente Coronel Monteiro. “O Coronel Monteiro nos colocou aqui provisoriamente e está trabalhando para nos conseguir uma área definitiva onde possamos ficar”, acrescenta Genivaldo. Segundo ele, são 26 municípios da baixada maranhense que são beneficiados com o serviço de transportes regular e alternativo.
Genivaldo também reclama da decisão da MOB de retirar a venda de passagem de São Luís para Pinheiro, o que todos consideram uma aberração. “Nós estamos querendo entender essa mudança. Venda de passagem em Pinheiro não resolve, porque a gente só passa em Pinheiro. No entanto, vem gente de tudo quanto é lugar. E outro problema é que tem carro que passa em Pinheiro às 3:00hs e 5:00hs da manhã, quando ainda não tem ninguém nos guichês”, observa ele.
Segundo a presidente da Cooperativa Alternativa de Transportes de Passageiros da Baixada Maranhense (COOPBAMA), Gracirene Silva Fonseca, teria que ter um acordo entre a empresa responsável pelos ferrys, as cooperativas de transportes, a MOB e outros órgãos envolvidos na situação. “Tem que ter, em primeiro lugar, bom senso. O estado tem de entender que o que ele está fazendo está prejudicando, antes de tudo, a população. São milhares de pessoas que se beneficiam com os nossos serviços”, diz Gracirene.
Agregado ao serviço de transportes têm outros trabalhadores autônomos. São pessoas desempregadas que tiram o seu sustento do local. Merinilde Coelho de Abreu, 44 anos, vende comida no local. Ela diz que tira o sustento para sua família do local e acha que o que estão fazendo é uma injustiça. “Eu espero que tudo seja logo resolvido, porque é daqui que a gente sobrevive. E vejo também que os passageiros precisam de mais respeito e conforto”, pondera Marinilde.
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