
Uma estranha onda de boataria tem provocado terror em alguns bairros de São Luís desde o início desta semana.
Sobretudo em grupos de WhatsApp, mas também pelo Instagram, anônimos espalham notícias falsas sobre uma suposta invasão a uma escola, em meio a uma onda de violência na área da Cidade Operária.
Tudo isso obrigou a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) a emitir uma nota, para tranquilizar a população.
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública informa que não há registro de ocorrência de crime em escolas da Cidade Operária e região. Esclarece que a presença de equipes policiais nas unidades de ensino faz parte da rotina de patrulhamento do Batalhão Escolar, vinculado ao Comando de Segurança Comunitária, com o objetivo de prevenir e reprimir ocorrências dentro e no entorno das escolas”, diz o comunicado oficial da Segurança.
Apesar disso, afirma a SSP, o policiamento ostensivo foi reforçado “na Cidade Operária e região, com a presença de forças especializadas, como a Rotam, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e o Batalhão de Choque (BPChoque)”.
“As equipes atuam de forma integrada com o Centro de Inteligência da SSP, com o objetivo de prevenir crimes, identificar suspeitos e prender autores de delitos”, completa.
A mobilização de anônimos nas redes divulgando boatos do tipo chama atenção por dois motivos: primeiro, porque ocorre em meio à chamada “crise dos áudios” – que expôs aliados do ministro do STF Flávio Dino pressionando o governo Carlos Brandão (PSB) desde 2024 por acordos eleitorais -, no que parece ser uma cortina de fumaça para o caso; depois, porque estamos há um ano das eleições de 2026.
Neste segundo caso, não há como não lembrar da onda de terror que tomou conta de São Luís em 2014, meses antes do pleito daquele ano.
Até hoje, há quem veja digitais políticas no caso, embora nada tenha sido confirmado.
Por todo o contexto, é imperioso que a Segurança Pública esteja atenta: seja para evitar uma nova onda de terror na cidade – e, assim, proteger o cidadão comum, que é quem sofre de fato com esse tipo de ação -; seja para garantir que quem espalha esse tipo de boato – afetando até mesmo o comércio – seja responsabilizado pelos seus atos.