A disputa eleitoral em Santa Inês ganhou um novo capítulo de controvérsia com a anulação da última pesquisa de intenção de votos realizada pelo Instituto Exata. A decisão, proferida pelo juiz Raphael Leite Guedes, da 57ª Zona Eleitoral, coloca em xeque a confiabilidade da pesquisa e levanta sérias suspeitas sobre a manipulação de dados em favor do candidato à reeleição, Felipe dos Pneus.
A pesquisa, divulgada há dois dias, apontava Felipe com uma vantagem considerável sobre sua principal oponente, Solange Almeida. No entanto, a Justiça Eleitoral detectou uma série de irregularidades que comprometem a credibilidade do levantamento. Entre as falhas apontadas estão: discrepância entre o total de entrevistas e a soma por gênero, dados desatualizados, amostra da zona rural sub-representada e perguntas tendenciosas que favoreciam o candidato Felipe.
A decisão judicial, que determina a suspensão imediata da divulgação da pesquisa sob pena de multa, é um duro golpe para a campanha de Felipe. A pesquisa, que já havia sido amplamente divulgada nas redes sociais e em sites de notícias, agora deve ser retirada do ar.
Essa não é a primeira vez que o Instituto Exata se envolve em polêmicas. No último dia 7 de setembro, o Blog do Minard denunciou a participação da empresa em uma suposta fraude em Apicum Açu, onde agentes de pesquisa teriam sido conduzidos por terceiros até as residências de eleitores para forjar uma liderança para o candidato de oposição, Jadeco.
A anulação da pesquisa em Santa Inês levanta sérias questões sobre a ética e a transparência nas pesquisas eleitorais. A decisão da Justiça Eleitoral serve como um alerta para a necessidade de rigor na condução de pesquisas e para a importância da vigilância da sociedade civil para evitar a manipulação de dados e a distorção da realidade eleitoral.
Este caso reforça a necessidade de uma investigação profunda sobre as práticas do Instituto Exata e a urgente necessidade de mecanismos mais eficazes de controle e fiscalização das pesquisas eleitorais.
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