O paulistano Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, contatou a família no Brasil relatando estar preso em um centro de cibercrimes na divisa entre Mianmar e Tailândia desde o início de outubro, vítima de uma suposta rede de tráfico humano. A mãe do rapaz, Cleide Viana, afirma que ele foi aliciado por uma falsa proposta de emprego e, desde então, está sob o controle de criminosos que exigem cerca de R$ 120 mil para sua libertação.
O caso de Luckas, descrito pela mãe, segue um padrão crescente de aliciamento de pessoas para trabalho forçado em países do Sudeste Asiático. O jovem teria sido capturado por uma rede de tráfico que utiliza vítimas como mão de obra em esquemas de golpes virtuais, envolvendo criptomoedas, jogos de azar e investimentos fraudulentos.
“Meu filho está sendo explorado, torturado e forçado a cometer crimes contra sua vontade”, escreveu Cleide na internet. Ela ainda relatou que a família busca ajuda no Itamaraty, na Polícia Federal e no Ministério Público Federal (MPF) para tentar resgatá-lo.
Na última ligação para sua mãe, no dia 8 de dezembro, Luckas informou que os criminosos estavam pedindo cerca de R$ 120 mil por sua libertação. Cleide tenta arrecadar o valor, mas luta contra o tempo: “Cada segundo conta. A dor é imensa, mas a fé é maior”.